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O que são e quais as diferenças entre stablecoins, criptomoedas e moedas digitais dos bancos centrais (CBDCs)?
25 de junho de 2025 |

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25 de junho de 2025 |
A forma como lidamos com o dinheiro está mudando rapidamente. Nos últimos anos, surgiram diferentes tipos de ativos digitais que prometem transformar a economia global. Entre eles, as criptomoedas, as stablecoins e as moedas digitais dos bancos centrais, também conhecidas como CBDCs, merecem destaque.
Embora compartilhem a tecnologia blockchain ou estruturas digitais similares, esses instrumentos têm propostas muito distintas. As diferenças vão desde a descentralização total das criptomoedas até o controle estatal das CBDCs, passando pela busca de equilíbrio das stablecoins, que unem estabilidade e inovação.
Entender essas diferenças é essencial para quem investe, acompanha o mercado financeiro ou simplesmente quer estar preparado para o futuro do dinheiro.
Neste artigo, você vai descobrir o que são cada um desses ativos, como funcionam e quais os impactos que podem trazer para a economia e para o seu bolso.
As stablecoins são ativos digitais desenvolvidos para manter um valor estável ao longo do tempo. Ao contrário de outras criptomoedas voláteis, elas têm seu preço atrelado a ativos de referência — como moedas fiduciárias (ex: dólar, euro, real) e commodities (como ouro).
Esse lastro busca mitigar as oscilações de preço comuns no universo cripto, tornando as stablecoins uma alternativa mais previsível e funcional para transações do dia a dia. Nesse sentido, elas funcionam como uma ponte entre o sistema financeiro tradicional e o ecossistema de criptoativos, combinando a estabilidade do primeiro com a agilidade do segundo.
As stablecoins permitem transferências rápidas e globais, com custos reduzidos e maior eficiência operacional. Por isso, são amplamente utilizadas como meio de troca, reserva de valor e até como base para contratos inteligentes em plataformas blockchain.
Esses ativos digitais podem ser emitidos por diversas instituições e sua credibilidade está diretamente ligada à transparência das reservas e à governança adotada para garantir a paridade com o ativo de referência.
Quer saber mais? Veja como o Braza garante a paridade da sua stablecoin, o USDB, com o dólar!
As criptomoedas são ativos digitais descentralizados que funcionam por meio de redes blockchain — sistemas distribuídos que registram transações de forma segura, transparente e imutável. Diferentemente do dinheiro tradicional, as criptomoedas não são emitidas nem controladas por governos ou instituições financeiras.
O Bitcoin, criado em 2009, foi a primeira criptomoeda e ainda é a mais conhecida. Desde então, surgiram diversas outras, como Ethereum, Solana e Litecoin, cada uma com características e propósitos distintos.
Esses ativos representam uma ruptura com o modelo financeiro tradicional ao viabilizar transações diretas entre usuários (peer-to-peer), sem intermediários, com elevado nível de segurança e rastreabilidade.
Além disso, certas redes — como a Ethereum — oferecem funcionalidades avançadas, como contratos inteligentes e aplicações descentralizadas (dApps), ampliando o potencial de uso dessas tecnologias.
No entanto, a volatilidade é uma marca registrada das criptomoedas. Como não possuem lastro ou controle institucional, seus preços podem sofrer variações intensas em curtos períodos. Isso atrai investidores e especuladores dispostos a correr riscos, mas exige atenção redobrada de quem busca estabilidade e segurança.
As moedas digitais dos bancos centrais, conhecidas como CBDCs (do inglês Central Bank Digital Currencies), são representações digitais das moedas oficiais de um país, emitidas e garantidas diretamente pelo banco central.
Elas mantêm paridade com a moeda física em circulação, mas operam de forma totalmente digital. Ao contrário das criptomoedas, as CBDCs são centralizadas e reguladas por autoridades monetárias, o que garante controle estatal sobre sua emissão, circulação e uso.
Sua proposta é modernizar os sistemas financeiros, promovendo maior inclusão, eficiência nas transações e segurança nos pagamentos. Além disso, as CBDCs oferecem possibilidades como rastreamento de transações e instrumentos mais refinados para a execução da política monetária.
Diversos países já estão em fase de testes ou implementação. A China, com o yuan digital, e o Brasil, com o Drex, são exemplos de iniciativas públicas em andamento.
As diferenças entre stablecoins, criptomoedas e CBDCs estão relacionadas à governança, estabilidade de valor, finalidade e nível de regulação. Esses fatores afetam diretamente seu uso no dia a dia, seu papel na economia e o tipo de risco que oferecem aos usuários.
Entenda!
A principal diferença entre esses ativos está na forma como são criados e gerenciados. As criptomoedas são descentralizadas e operam por meio de redes blockchain públicas. Não há controle estatal ou institucional, e as regras são definidas por código e consenso da comunidade.
As stablecoins, por outro lado, são geralmente emitidas por empresas privadas ou consórcios. Seu funcionamento depende da confiança nas reservas que garantem seu valor e na transparência da governança envolvida.
As CBDCs são emitidas pelos bancos centrais e seguem uma lógica oposta à das criptomoedas: são centralizadas, reguladas e vinculadas diretamente à moeda oficial do país.
A volatilidade é uma característica marcante das criptomoedas. Como visto, sem lastro, seu preço pode variar de forma expressiva em curtos períodos.
Stablecoins foram criadas para contornar esse problema. Ao manterem paridade com ativos como o dólar, o real ou o ouro, oferecem mais previsibilidade e menor exposição à oscilação do mercado.
As CBDCs mantêm valor fixo em relação à moeda fiduciária e funcionam como uma versão digital do dinheiro físico, com a mesma estabilidade e aceitação no sistema financeiro.
Criptomoedas são amplamente utilizadas como reserva de valor, instrumentos de investimento e base tecnológica para plataformas descentralizadas. Algumas também servem como combustível para rodar aplicações em blockchain.
As stablecoins ganham destaque em transferências internacionais, liquidação de operações e pagamentos em ambientes digitais. Geralmente, elas se apresentam como uma opção prática para preservar valor com eficiência.
As CBDCs estão sendo projetadas para facilitar pagamentos cotidianos, ampliar a inclusão financeira e reduzir custos operacionais do sistema bancário tradicional.
As criptomoedas criaram um novo mercado com lógica própria, transformando o conceito de dinheiro e investimentos. Elas seguem como catalisadoras de inovação, mas também de debates sobre segurança, energia e privacidade.
As stablecoins ampliaram o acesso a ativos digitais, permitindo maior liquidez e estabilidade no ecossistema cripto. Inclusive, elas podem “desafiar” políticas monetárias nacionais, caso substituam moedas locais em larga escala.
As CBDCs têm o potencial de redefinir a forma como governos emitem e distribuem moeda. A adoção massiva de moedas digitais dos bancos centrais pode diminuir o papel dos bancos comerciais e alterar a estrutura de crédito que conhecemos hoje.
Os três tipos de ativos digitais respondem a diferentes necessidades e refletem visões distintas sobre o futuro do dinheiro. Para ficar por dentro dessas últimas tendências, nos acompanhe no YouTube, LinkedIn e Instagram!